Musical
"A
Sacerdotisa
na
torre em esplendor"
Ato I
- A Torre do Alquimista
Cena
III - No império dos sentidos
Nuvens
...
muitas
nuvens ...
nuvens
chumbo ...
nuvens
sobre nuvens ...
chumbo
sobre chumbo ...
É o
peso da mão forte do mundo das coisas e coisas a subjulgar a poderosa mente do
grande Alquimista, impondo-lhe crenças num revide frontal, de alta monta, à
Sacerdotisa. Para tal façanha usa todos os poderes do Império dos Sentidos,
pois este, se lhe oferece em plenitude para ser comandado.
Pelos
céus e sertanias do grande império o ecoar dos Tambores Imperiais tramam a
orquestração da grande cena ...
Os
relâmpagos saltam à frente dos céus, como estrias azuis, numa aquarela teatral
dramática cujo pano de fundo e moldura são nuvens de chumbo sobre chumbo ...
Tempestade
...
Causada
e mantida pelo poder da mente do Senhor da Torre.
E a
bailarina, musa da criação, à frente e acima dessa aquarela dramática, brilha e
evolui ...
No panteão da
consciência os tecelões apressam-se nos últimos preparativos para o tecer da
reinvenção do ser em si mesmo.
É um
tecer de difícil bordadura pois, no bojo da trama está o defrontar o Senhor da
Torre, pleno comandatário do império dos sentidos.
Poder
e conhecimento nas artes alquimistas de um sábio, no fogaréu do
ego-revide-vaidade, a mover céus e terras reprojetados num quadro tenebroso
cujas cores impressionistas de exuberantes pinceladas de pesadelo, numa ribalta
de emoções traumáticas, derramam sobre essa estranha aquarela tristeza, revolta
e melancolia.
E os
céus do império dos sentidos estão totalmente tomados por nuvens chumbo sobre
chumbo de horizonte a horizonte.
Eis o
império dos sentidos decadente e devastado por maliciosos e sedutores pensares
e propósitos do mundo das coisas e coisas;
Eis a
tempestade a intensificar-se.
Eis os
vendavais. Mais vendavais.
... E
a musa da criação, a bailarina a frente e acima dessa aquarela aterrorizante,
com vestes de sereia estelar, brilha e evolui ...
O
Senhor do Império dos Sentidos permanece no ataque a Sacerdotisa, pois sua
desconfiguração no uso do raciocínio completamente aprisionado no mundo das
coisas e coisas, se lhe obriga a erguer muralhas insanas no entorno da conduta
donde, desesperadamente, é fugitivo: a renúncia dos pensares obedientes e
servis ao mundo das coisas e coisas e mais coisas e muitas coisas e tantas
coisas ...
... E
as Alquimistas, no grande Salão do Panteão da consciência, magnificamente,
dançam. ... E dançam em total entrega à sintonia de energização com a
Sacerdotisa.
Cansadas,
olhares exaustivos, sapatilhas de ponta e asa rasgadas e vestes a trapos em
seus corpos celestiais; consequências, do alto poder de ataque do Senhor da
Torre.
...
Porém, dançam. Espetacularmente dançam ...
... E
dançam o balé dos cantares para abertura e travessia da ponte do conhecimento.
Nos
frontais dos altíssimos paredões do Panteão, entre as grandes colunas, os
tecelões continuam a tecer as vestes da reinvenção do ser.
Túnicas.
Muitas
túnicas ...
Tecidas
em luzes.
Muitas
luzes ...
...
formam um grande círculo com 144 Mestres do Pensar a trajá-las na expressão de
busca dos pensares evoluídos do Senhor da Torre.
Busca
por pensares evoluídos ...
No
centro do grande círculo as Alquimistas dançam.
Cantares
e cantares em brados fortes e pungentes. São os Tecelões em passos de dança e
tambores a posicionarem-se no centro do Panteão da Consciência. Seu líder traz
na face a expressão Divina e nos braços, as vestes ...
... as
vestes da reinvenção do ser estão prontas.
... e
ilumina, ... e brilha, ... e resplandece ...
As
vestes da reinvenção do ser ...
Artesanadas em fios
de intensa concentração força-energia, conduzem uma trama de cintilações
sobrepostas de saberes Divinos à disposição da exata determinação da vontade de
quem vestir tal vestes. E essa vontade-auto-determinação permite à ponte do
conhecimento ambos os sentidos da travessia sob gerenciamento do ser humano, a
expandir-se infinitamente tanto para o seu interior quanto para fora do ser,
para todos os seres, para o mundo, para a existência onde houver, para o
universo e para o infinito.
... E
o líder dos Tecelões
ergue
os braços
e as
brilhantes vestes.
Seu
coração pulsa
nos
intensos olhares e olhares
de
todos por todo o Panteão.
Nos
cantares dessa comoção,
as
Alquimistas circundam
o
grande líder em magnífica dança.
A cena
é espetacular:
As
sereias do Panteão energizadas
na
graça, beleza, suavidade e leveza,
bailam entorno do Mestre dos Tecelões,
o
Artesão de feituras no tecer em luzes.
No círculo maior
os mestres do
pensar,
entoam corais
a expressarem,
em grande monta e
força,
evoluídos pensares
...
.. evoluídos
pensares ...
... o ritmo dos
Tambores
Imperiais da
Alquimia,
com as fortes
batidas dos Aldeões,
soam e ressoam pelo
gigantesco salão,
colunas e paredões
...
... as Alquimistas
cantam ...
... e, maravilhosamente, dançam ...
As
vestes
agora,
não mais a trapos,
pois,
reluzem cantares
expressados
pelas melodias
a
inundarem os belos
jeitos
de corpos
e
curvas de ritmos,
impregnados
numa dança
de
pensares ...
...
pelas Musas do Panteão ...
...
pelos Mestres do Pensar ...
...
Tecelões ...
...
e diante do grande portal da torre,
pelas
centúrias de Aldeões a intensificar
o
som dos Tambores Imperiais da Alquimia ...
...
e as fundações da torre do velho castelo,
tremulam
com suas imensas colunas e paredões.
...
os mestres do pensar
entoam
cantares
de
força e fé Divinas, ...
...
o líder dos Aldeões,
diante
de suas centúrias,
em
brado
de
primeira voz,
deixa
clara a mensagem:
a
Sacerdotisa convoca,
com
urgência, as Alquimistas
para
a grande dança das celestes imperiais,
pois,
em virtude do confronto,
os
céus do Império
dos
Sentidos
estão
em chamas ...
Todos os presentes, no Panteão da Consciência, acompanham o líder dos Tecelões em seus cantares na
preparação das Alquimistas:
é magnífico ...
é intenso ...
é primoroso ...
... pois, juntarão
forças com a poderosa Sacerdotisa, a Sereia estelar, na grande dança das
Celestes Imperiais, nos céus em chamas, do Império dos Sentidos ...
... vestes ...
... tecer formas ...
... tecer
pensamentos ...
... tecer as vestes
destas formas pensamentos ...
... tecer as
próprias vestes ...
... e vestir os
pensamentos e suas formas pensadas ...
... e trajá-las, na
mais elegante das consciências, num desfile glamoroso das mais evoluídas formas
pensamentos ...
... explicados na
iluminação pessoal dos seres ...
... na conquista do
reconhecimento do caminho ...
... na determinação inabalável e inabalável de
trilhá-lo ...
Toda essa matemática, Divina do tecer, é artesanada em complexas ciências quânticas do pensar, traduzida em tramas e
bordaduras, numa dança dos movimentos e movimentos de mãos a evoluir, no balé
dos dedos, fibras luminosas num tecer de inabalável determinação ...
... Eis os tecelões
a concluir poderosas vestes ...
... Eis as vestes
das Alquimistas para a grande dança das Celestes Imperiais ...
Vem sonhar no Teatro dos Sentidos.
Ato I - Cena I:
Ato I - Cena II:
Ato I - Cena III:
http://terceirusmilenio.blogspot.com.br/2015/06/ato-i-cena-iii-no-imperio-dos-sentidos.html
(parte II)
Ensaios Fotográficos:
Aron e o Teatro dos Sentidos nas redes sociais:
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