LIBRETO - parte II


                 
   Musical 
"A Sacerdotisa na torre em esplendor"


 Ato I  -  A Torre do Alquimista
Cena III  -  No império dos sentidos








... A  luz é pouca ...
... muito pouca ...
... esmaecida na névoa ...
... muita névoa ...
... E o hipnotizante cantar da Sacerdotisa, envolve-se com a névoa e expande ressonância por todas as sertanias da fronteira do império.
A cena é maravilhosa: A estonteante beleza da musa da criação, em magnífica dança de sereia estelar, com delicados e sutis movimentos de mãos de criação, expressa uma esfera de luz a envolvê-la; e, como uma estrela, a traçar caminho luminoso, se lança em virtuoso balé para o centro do império, onde o senhor da torre tem lugar.






Há uma cadeira ...
... uma cadeira velha ...
... muito velha ...
Faltam pedaços aqui e ali, deteriorada e embolorada, solitária, na planície de areias quentes e terras geladas da imensidão nua do grande Império; mas ainda firme para sustentar o Alquimista da Torre em postura imperial.

Os horizontes estão muito distantes.

O sol se desdobra para iluminar possibilidades de retomada da ação criadora, e restabelecer vida na paisagem desertificada, onde, apenas, aquela velha cadeira com o Alquimista da Torre aguardam.

E a Sacerdotisa, já distante das sertanias, avança com espetacular dança, corpo, luzes, e expressões de beleza e encantamento a cortar os céus do Império ...

... e os céus se constrangem.





... Deserto ...
... Infindo deserto do reino das sensações, emoções e desejos.
... Latifúndios ...
... Imensos latifúndios de pensares congelados e congelados para a inteligência do raciocínio livre e pleno.

Doutrinas para desconstrução do Eu e seus despojos.

.. Deserto ...
... Infindo deserto das doutrinações ..., cuja camuflagem é de tal perfeição que somente a real visão do mundo das coisas traduz. E neste mundo das coisas e coisas, e muitas coisas, e mais coisas, o brilho das alegorias é esfuziante ...; as elegâncias imperiais dos confortos resultantes da exaltação à luxúria disfarçada são viciantes.

Despojos das doutrinas para desconstrução do Eu.

Mas, na realidade do império dos sentidos, não há frutificação e sim, rios e cachoeiras congelados nas expressões de desenhos melancólicos a exalar as pesadas consequências das doutrinações.

Despojos das doutrinas para desconstrução do Eu.

... E o grande cientista expressa em grande monta, a todos os ventos uivantes  ameaçadores, como absoluto e inabalável; estabelece imagens e imagens de autoridade, poder e força consolidadas em areia e sal na desolação da frieza da imensidão nua.
Porém, a cada passagem dos ameaçadores ventos uivantes, grão a grão, as imagens se dissolvem, se desfazem, se desmancham em cinzas, em pó, em nada ...

... E a imensidão do nada se amplia.





... E se amplia ... ; ...
... E se amplia quando os cantares dos fazeres caminham a longínquas distâncias de pensares despidos da obediência latente dos desejos.

Despojos das doutrinas para desconstrução do Eu.

... E, no balé da flor da vida, a evoluir por todo o panteão da consciência,  as Alquimistas bailam sem as pétalas dos pensares plenos e livres.

Despojos das doutrinas para desconstrução do Eu.

As vestes dessas magníficas musas-fadas-bailarinas, com cores de  expressões fúnebres, estão a trapos; as sapatilhas de ponta e asa, rasgadas; a dança é pesada,  contorcida, no chão, sem vôos; e há expressões de dores e sofrimento em consequência direta com as pesadas formas e energia dos pensares do senhor da torre.

Despojos das doutrinas para desconstrução do Eu.

.. E no mundo das coisas e coisas, e muitas coisas, e mais coisas, e tantas coisas, o brilho das alegorias é doutrinante ...  e doutrinante ...






Os mestres dos pensares, por todo panteão, entoam cantares a energizar e reenergizar seu mestre da torre ...
... Os tecelões tecem as vestes imperiais com tenebrosas expressões e sobreposições de tecidos e cores, nas formas e ordens dos pensares do mestre ...; ... pensares do mestre ...; ... E em cada ponto do tecer das vestes imperiais, as formas dos pensares se alinham, se abraçam, se fundem com o mundo das coisas e coisas, e muitas coisas, e mais coisas, e tantas coisas ...
... e o brilho esfuziante das alegorias doutrinantes, controla!    





Num dos frontais do panteão da consciência e seu imenso portal de gigantescas toras de eucaliptos, ainda mais petrificadas, com mais trancas e fechamentos, os mestres Harmônicos se lançam a cantares detentores de sábias frequências para evolução das informações e feitura do entendimento ...

... tais cantares materializam-se luzes ...

... E desvendam informações e saberes de Divinas fontes a fortalecer e inspirar o voo-balé da Sacerdotisa das Alquimistas pelos céus imperiais. Essa sereia estelar é aguardada no centro do império pelas doutrinações fixadas nos desejos do Senhor da torre ...

... tais doutrinações colocam a mente humana na imensidão do vazio de conquistar e conquistar, ter, possuir e dominar ... 
... para sugarem-lhe préstimos explicados e traduzidos na servidão disfarçada ...





Ainda, diante do grande portal, aos cantares dos Mestres Harmônicos somam-se as centúrias de Aldeões e, nessa magia sublime de poder e encantamento as Bailarinas dos Ventos da Criação chegam com suas flautas sacerdotais em cantares, melodia e hipnótica dança, a evoluir pelos grandes corredores formados dos espaços entre as centúrias de aldeões com seus tambores imperiais.
Essas bailarinas dos ventos da Criação, trazem nos cantares de suas flautas sacerdotais, saberes avançados de antiquíssimas culturas. Esculpidas em bambu do mais fino trato, tais flautas são contornadas por fios de ouro e prata, em alto e baixo relevo, expressam desenhos com avançadas informações. Numa de suas extremidades, finíssimos e longos cipós diamantais, tilintam sinos em harmônicos cujos cantares denunciam a direção dos ventos do propósito e a dificílima missão, dificílima, de reconhecer o caminho. Dificílima.





São artesanadas para emitir frequências da inteligência avançada, cujo propósito é seu reavivamento na mente humana, pois há muito e muito tempo, tempo em séculos e séculos em milênios este poder foi ocultado, escondido, petrificado e lançado no grande deserto da mente onde se oculta tão grandiosos conhecimentos dos pensares humanos.



  

O pouso ...
... é  lento ..., ...
... muito lento ...;
a  beleza é imensa... , ...
... é  infinita ..., ...;
e  perfumes inebriantes ..., ...
..., perfumes de hipnoses, ... e ...
..., ... realidades a encantarem o encanto do pouso ...
e expressam tons ...
... arrebatadores ...: -
Eis a musa da Criação!
E a Sacerdotisa das Alquimistas assenta voo diante do maior poder e senhor mandatário do império dos sentidos: o Alquimista da Torre.





... as mãos ...
... mãos de criação ...
... às mãos da Sacerdotisa.
Asas precisas em feitura de graça e beleza a certificarem deslumbramento em cada contorno movimento da sereia estelar.
Céus e terras, por todo o império dos sentidos, sentem em magnífica expressão o pouso ...
... nas blumas de seu saber ...
... o flutuar ...
... suave ... suavemente no pousar ...
... flutua ... e  levemente ..., pousa.

Diante do grande imperador.





... E o observa ...
... E inicia um giro magistral de corpo ..., lento, elegante e altivo: sapatilha de ponta e asa para um quarto de volta, observa este horizonte, e é tudo deserto; mais um quarto de volta, observa este outro horizonte e é tudo deserto; sapatilha de ponta e asa na magnífica leveza do sutil completa a volta; ...
... E o observa ...
... Neste momento, lança seu poderoso olhar de Sacerdotisa ao gélido olhar do ditador do grande império.
Eis ali a plena ausência.
Eis ali a desertificação.





A Sacerdotisa, essa presença divina no centro do Império dos sentidos, pressente a dificuldade em despertar o grande imperador aprisionado e refém do mundo material de coisas e coisas ...
... Como desperta-lo ..., ...?
... E o observa ...
... Como trazê-lo para a reconstrução de si mesmo ..., ...?
... E o observa ..., ... Como a reengenharia do "eu" é sua maestria, ela expande iluminação e sente, pressente e traduz em compreensão os motivos do aprisionamento e as verdades a conduzi-lo:
Eu sou. Eu sou. Eu sou.
Eu tenho. Eu tenho. Eu tenho.
Mando. Ordeno, ..., ..., ...  





... Em sua realidade sonhadora:  o mundo das coisas e coisas e muitas coisas ...
... Em seus sonhos de realidades: os fatos no comando do grande império dos sentidos.

... E a Sacerdotisa o observa ...

No mundo das coisas e coisas: a realidade para se realizar com sonhos impostos ..., ... sonhos impostos ...
No império dos sentidos: os sonhos para planejar a realidade e escolher a realização, ... escolher a realização ...

E a Sacerdotisa o observa ... sobre possibilidades de modificar, ampliar, manter ou revolucionar a realidade, e os sonhos e pensamentos construídos para essa realidade nascer, crescer, solidificar-se e manter-se realidade.





Sapatilha de ponta e asa flutua e avança meio círculo de movimento ...
... é a sacerdotisa, por entre pétalas e perfumes expressados por sua tez e dançares, a lançar-se num passo a frente na direção do Alquimista da torre e sua cadeira. Num outro passo, sapatilha de ponta e asa passa o passo e os passos repousam em perfumes, e a tez de corpo e vestes da musa resplandece: é a iluminação divina do sagrado a posicionar as mãos em graça de criação e tecerem saberes nos saberes do Alquimista ...





... Naquela velha cadeira, em congelante indiferença à presença da Sacerdotisa, ele permanece em postura, intimidadoramente, imperial.

E a Sacerdotisa, a tecer saberes e pensares, o observa ...

A plena crença nas paixões da matéria do mundo das coisas e coisas ... o faz estremecer diante da expansão de resplandeceres da musa ...

E a Sacerdotisa, a tecer saberes e pensares, sobre flores e perfumes, o observa ...








Descubra o Teatro dos Sentidos e o musical "A Sacerdotisa na torre em esplendor"  
Ato I - Cena I:
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Ato I - Cena II:
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Ato I  -  Cena III:
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