LIBRETO - parte V


Musical
"A Sacerdotisa 
na torre em esplendor"

Ato I  -  A Torre do Alquimista
Cena III  -  No império dos sentidos







... pétalas ...
... mais pétalas ...
... chegam lentamente ...
... flutuam e esparramam-se, tenuamente, num lençol de névoa a tomar conta do Panteão, ...
... todo o Panteão ...
... suave, desce do gigantesco teto ressoando perfumes ...
... e flores ...
... muitas flores ...
... Eis a presença, em inspiração, da Sacerdotisa ...

... E as Alquimistas em posição ...

... O silêncio é solene ...




... E a grinalda, de energia cristalina, da Sacerdotisa completa-se ao tocar o piso tablado do gigantesco salão.

... E os cantares do confronto, na grande dança das celestes imperiais, são iniciados, por todos, no Panteão ...

... Entre, o êxtase inspirado pela sereia estelar, e a ansiedade a preceder o perigoso confronto, os cantares do Panteão flutuam nas águas do equilíbrio em perfeito navegar ...

... A grinalda de energia cristalina, em tons azulados em suas tramas, com teceres arquitetados em fibras luminosas dos divinos propósitos da Sacerdotisa, aproxima-se, toca, pousa, envolve e envolve todas as Alquimistas ...

... somente as Alquimistas ...

... e todos os olhares ...

... em êxtase ...

... em deslumbre ...

... e encantamento.




Faces ...
... angélicas faces ...
... muito angélicas ...
... muito bailarinas ...
... tecem o impossível dos movimentos na imaginação cúmplice da perfeição ao descrever a beleza.

... Alquimistas ...




... Narizinhos e olhares assustados ...
... e olhares lacrimejantes
... e olhares de plena confiança, pois,
terão a Sereia estelar à frente desta
fascinante aquarela de movimentos, luzes
e cores em corpo de dança ...

... E as Alquimistas partem para os
céus Imperiais ...

... dos sentidos em chamas ...




... O Alquimista ...

... o Senhor da Torre ...

... Há aquela velha cadeira ...
... muito velha ...
... desfigurada no deserto árido do mundo das coisas e coisas, em sua insustentável leveza do tempo. Faltam pedaços, faltam partes, não se reconhece como cadeira. Porém, a poderosa hipnose do mundo das coisas e coisas, mantém o Senhor da Torre em luxuoso trono dourado com glamour de poder, congelado e petrificado em postura, inabalavelmente, imperial.




A ilusão trabalhada na ambição do materialismo e nas paixões de poder, torna a existência dessa realidade indiscutível. E nesta vívida forma ilusionária, o Senhor da Torre, deposita seu entendimento do ser Alquimista.




... E esse pequeno e vulgar entendimento de si mesmo, são freios poderosos a manter conhecimentos e conhecimentos de ciências e ciências congelados no jogo insano, débil e perigosíssimo das paixões de poder.

... E as Alquimistas avançam, em riscas de luzes pelos céus imperiais ...




Narizinhos ...

Olhares ... assustados olhares ...

... faces de esperança nos dançares por vir ...
... pequenos gestos de mãos, a preparar cantares, em criação de berço esplêndido, onde o poder da inocência cria e explica.




... Um império ...
... Um grande império ...
... será desafiado ...

... De um trono dourado e brilhante ergue-se um gigante ...

... e da alta envergadura da Alquimia de sua história, coloca-se em pé ...




... E as paredes do velho castelo, assistem o lendário Alquimista do reino da consciência em tal postura ...

... e é de combate ...

... Há marcas, lembranças, cicatrizes, muitas derrotas e outras tantas vitórias, onde a insustentável leveza do tempo escreveu a partilha dos propósitos e o Alquimista escolheu o caminho das paixões de poder e suas riquezas de coisas e coisas e muitas coisas ...

Mas o embate a enfrentar é de grande monta: o desafio das Celestes Imperiais dos Sentidos.




... os céus, em  cantares intensos de aquarela sobre tela, nas alturas do Império dos Sentidos, lançam pinceladas de vigorosas cores em nuvens chumbo ...

... e, pela expressão de força e poder do grande Alquimista, de horizonte à horizonte, o Império dos Sentidos está posto em reverência ...

... pois, o Senhor da Torre, travará um embate à altura de sua lenda ...




... E na grande tempestade dos céus dos sentidos, raios e relâmpagos paralelos, a cruzarem-se nas alturas ...

... na plenitude da tempestade de forças, gerenciadas pelas forças do Senhor da Torre.

De repente, muito muito de repente, as ações desses poderes titânicos entram em suspensão e, lentamente, pairam e param no ar ...

... estáticas ... Imóveis ...
... suspensas na amplidão de horizonte a horizonte ... fluxos de luzes em infinito refluxos de cores da grande tempestade ...

... parados ...
... simplesmente, parados ...,
... imóveis na amplidão em magníficos cantares ...

... os céus pararam ...




... e a rotina da posição de cada corpo de chuva em gotas ...
... parados e ...
... parados ...
... sob os céus, a utilizarem-se dos estáticos relâmpagos, em reflexão esplêndida.




... tudo em suspensão. A emblemática visão das luzes dos raios congelados em desesperada fuga por trás das nuvens chumbo, denunciam intensos luminares a clarear céus e tempestades, imensamente.

Cantares do esplendor em suspensão ...

... o campo do desafio está posto ...

... a beleza é retumbante.

As Alquimistas chegaram.








Vem sonhar no Teatro dos Sentidos.
Ato I - Cena I:
Ato I - Cena II:
Ato I  -  Cena III:
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